quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Só pra não esquecer

Dias de trovão
E daí tem aqueles dias em que você acorda como se tivesse dormido mil anos. Nem lembra que, na noite anterior, foi dormir chorando. Sente que está pronta para mais uma parada. Pulsa, em você, aquela força, vinda não sabe de onde. E daí você se dá conta de que é você quem decide se vai fazer sol ou não.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Tudo o que eu sei até agora

Um dia, um belo dia, um dia que era pra ser como qualquer outro, um dia normal, tudo vem abaixo. E a única certeza que se tinha na vida, se transforma de um segundo pro outro num amontoado de dúvidas. É como se aquela prateleira imaculada da sala onde estão dispostos os cristais mais finos e frágeis, caísse de repente no chão com a força do vento e tudo aquilo que era belo e intocável virasse farelo, caco, pedaços que não fazem mais o mesmo sentido e que parecem impossíveis de serem colados para se transformarem novamente naquilo que um dia foram.
Existe SuperBonder pra vida??? Dá pra colar os cacos e recolocar as certezas na prateleira novamente? Não sei e pra essas perguntas nem adianta recorrer ao Google porque não há mecanismo de busca no mundo capaz de respondê-las assim num clique. O que dá é pra ir recolhendo os pedacinhos aos poucos, cuidando pra não quebrá-los ainda mais e pra não deixar nenhum esquecido pelo meio do caminho. A tarefa não é fácil e exige paciência, sabedoria e muita vontade de transformar toda aquela sujeirada em algo belo de novo, capaz de enfeitar mais uma vez a vida.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Diretamente do buraco negro

De repente eu perdi a inspiração pra tudo, até mesmo pra reclamar da vida e pra postar aqui.
Alguma coisa acontece no meu coração, como já dizia aquela música tão famosa do Caetano e do Gilberto Gil.
Mas eu volto daqui a pouco, é só uma questão de tempo e de paciência.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Pra quem tá vivendo um período difícil

Não tome comprimido
Não tome anestesia
Não há nenhum remédio
Não vá pra drogaria
Deixe que ela entre
Que ela contamine
Que ela te enlouqueça
Que ela te ensine

Não fuja da dor

Não tome novalgina
Não tome analgésico
Nenhuma medicina
Não ligue para o médico
Deixe que ela chegue
Que ela te determine
Que ela te consuma
Que ela te domine

Não fuja da dor
Querer sentir a dor
Não é uma loucura
Fugir da dor é fugir da própria cura

(Titãs)

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Tripulação, pouso autorizado

Quarta-feira passada voltei de férias e confesso que não tava com a menor vontade de retomar “minha nada mole vida” de novo. A rotina de turista tava tão boa e tão mais fácil! Era um prazer colocar o despertador pra madrugar porque era certo que o dia seria uma surpresa e meus olhos iriam ver coisas jamais vistas antes. O café da manhã era de hotel e isso dispensa maiores explicações. O quarto e o banheiro estavam sempre limpinhos e cheirosos quando eu chegava exausta no final do dia. Eu não precisava me preocupar se estava faltando pão, se era hora de degelar a geladeira, se as contas estavam pagas. Eu nem recebia contas! E mesmo com todas essas vantagens e com dias inesquecíveis em algumas das cidades mais lindas do mundo, tem gente que sente saudade de casa e fica com vontade de voltar. Eu, hein, depois me chamam de louca.

Mas, enfim, voltei e já cheguei chegando. Depois de 20 dias perneando e 15 horas de vôo, descansei na quinta-feira e na sexta já tava trabalhando de novo. Por enquanto meu estado de espírito e meu humor continuam bons, mas é só uma questão de dias pro capeta encostar no meu corpo de novo e tudo começar a me irritar. Enquanto isso não acontece, vou levando tudo numa boa, retomando a rotina e já planejando as próximas férias.