quinta-feira, 26 de maio de 2011

Carta aberta aos inseguros e ciumentos

Dia desses fui jantar com um amigo querido que não via há mais de 1 ano. Na semana passada ele me ligou dizendo que estaria na cidade à negócios e combinamos então de nos encontrarmos para bater papo e matar as saudades.
Mal chegamos ao restaurante e o celular dele tocou. Era a esposa. O diálogo que se sucedeu entre eles foi mais ou menos assim:
Ele: oi amorzinho. Tudo bem e você?
Ela (no que eu pude imaginar pelas respostas dele logo a seguir): tudo bem. Onde você tá?
Ele: to aqui num restaurante jantando com o pessoal
Ela (no que eu pude imaginar pelas respostas dele logo a seguir):QUE PESSOAL?!
Ele: o pessoal do trabalho, minha vida.
Ela (no que eu pude imaginar pelas respostas dele logo a seguir): QUE RESTAURANTE?! ONDE???
Ele: um restaurante aqui no Moinho de Vento, não lembro o nome, meu amor
Ela (no que eu pude imaginar pelas respostas dele logo a seguir): @#$!!!*&%
Ele: amorzinho, eu to com o pessoal do escritório, não se preocupa. Trabalhei até agora, viemos aqui jantar, daqui a pouco volto pro hotel, minha vida. Te ligo quando eu chegar
Ela (no que eu pude imaginar pelas respostas dele logo a seguir): !!!@#$%&*
Ele: não se preocupe, amorzinho. Eu te amo, tá? Beijos, minha linda.

Eu quero discorrer sobre este assunto e analisá-lo sobre alguns pontos de vista. So here we go:

1. It’s only rock and roll, but I like it
Eu gosto muito deste meu amigo, ele é um cara muito legal, bem humorado, gente fina. Mas é um cagado.
Por que ele não disse a verdade pra esposa desconfiada do outro lado da linha? Qual é o problema de jantar com uma velha amiga? Por acaso a equação 1 homem + 1 mulher + 1 restaurante deserto = sexo? Desde quando? E se ele tivesse dito a verdade – “vidinha, estou jantando com uma amigona de tempos” – o que ela iria fazer estando a 500km de distância? No máximo poderia pedir o divórcio pelo telefone, o que, na minha opinião, seria uma dádiva pra ele ja que viver com uma reencarnação de Hitler não deva ser algo muito agradável.
Mas aí é que vem o pulo do gato e eu digo isso há tempos: homem gosta é de mina louca. Homem gosta é de ser mandado. Homem gosta é de ser controlado, vigiado, regrado. Todos eles dizem que não, que odeiam mulher ciumenta, que detestam ser manipulados, mas é tudo mentira. Observe ao seu redor e veja a quantidade de amigas que você tem que levam seu marido sob rédeas curtas, na pontinha do cabresto. Pensando bem pouquinho me vem 3 amigos na cabeça que são totalmente submissos às suas esposas.

2.Mentiras sinceras me interessam
E o que dizer da esposa? Como é que pode viver assim, na corda bamba da insegurança? Como é que pode ser feliz convivendo diariamente com o fantasma de uma possível traição? E como é quepode exigir respeito do marido se se comporta feito uma mãe autoritária e trata o cara feito uma criança de 5 anos? Pobrezinha. Só tenho à dizer a esta moça que essa vigilância militar não impedirá que seu querido marido a traia. Amiga, se o seu marido quiser, ele vai te trair debaixo do seu lindo narizinho arrebitado e plastificado e de nada adiantará que você monte a guarda da Rainha Elizabeth.

3.O mentiroso
Ao casal: como é que podem viver na mentira? Em nome de que?
Eu juro que eu me esfoço, mas eu não consigo acreditar que as pessoas vivam desse jeito, se sufocando umas às outras, mentindo umas às outras, vivendo uma vida que de certa forma não existe.

Pronto. Falei.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Aberrações do mundo moderno

Me explica: como é que alguém paga - e paga MUITO dinheiro - pra ficar com essa cara?




Acreditem se quiser, mas essa sucessão de experiências mal feitas é a Danuza Leão, que um dia ja foi assim:




O pior é que ela deve ter pago muito dinheiro achando que ia ficar bonita. Se deu mal.

terça-feira, 1 de março de 2011

End(less) summer

Ah, o verão!
Não sei como é pode existir no mundo pessoas que não gostam do verão. Como não gostar de uma estação onde os dias são mais longos, tem sol forte enfeitando o céu e roupa leve cobrindo o corpo? Juro que eu me esforço, mas eu não consigo entender quem não gosta do verão. Eu se pudesse, viveria num eterno verão. Tipo, se eu fosse rica, pegaria um avião pra um lugar onde fosse verão tão logo soprasse o primeiro minuano aqui nos pampas. Detesto inverno, frio, casacão, bota, manta e gente toda encolhida por causa das temperaturas baixas. Nasci no auge do verão, me formei na faculdade no dia mais quente de que se tem notícia, se eu casar vai ser no verão e eu espero morrer numa noite bem quente, daquelas de céu tapado de estrelas e com uma lua crescente lá no céu. Se for assim, morro até feliz.
Quer algumas boas razões pra gostar do verão? Então vou tentar te convencer:
Em que outra estação do ano a cidade fica deserta, o trânsito flui tranquilamente, o cinema não tem fila e o supermercado ta sempre vazio?
Em que outra estação do ano você encontra tanta gente correndo pelas ruas no final do dia?
Em que outra estação do ano você encontra tanta gente nas mesinhas estrategicamente colocadas nas calçadas pelos bares, tomando cerveja e rindo da vida?
Em que outra estação do ano se come tanto churrasco, se toma tanto sorvete e se vai à tanta festa?
Em que outra estação do ano você acorda, abre a janela do quarto e dá de cara com aquele sol lindo que raia no horizonte, te convidando pra ir pra vida?
Em que outra estação do ano tem sol mesmo sendo noite?

Não, nem tente me convencer que o inverno é muito melhor do que tudo isso porque você não vai conseguir. Eu amo incodicionalmente o verão.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Perguntinhas

- Por que os engenheiros, arquitetos, pedreiros, empreiteiros ou seja lá que outro nome queiram dar pros senhores que colocam aqueles bueiros no meio da rua, não os fazem de modo que as tampas fiquem rentes ao chão? Será que não se dão conta que tampas fundas viram um obstáculo pros carros?

- Por que 2 litros de refrigerante custa bem menos do que 400ml?

- Por que as pessoas colam adesivos ilustrando as suas famílias na traseira do carro?

- Por que as pessoas tem mania de caminhar sem olhar pra frente?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O que se passa nessa cabecinha

Faz tempo que eu não apareço no meu próprio blog, mas é que a vida anda meio atrapalhada. Fora isso, acostumei a pensar e a escrever em somente 140 caracteres. Mas de vez em quando sobra um tempinho e a inspiração supera o modo tweet de se expressar, e eu dou as caras por aqui. Então chega de enrolação e vamos ao que interessa: o que se passa nessa cabecinha.

Eu acho que eu não vou casar no sentido rito de passagem do fato. Não vou me vestir de branco, nem lotar uma igreja, nem entrar de braço dado com o meu pai ao som de Ave Maria, nem dizer "eu aceito" com os olhos cheios d'água, nem nada disso. Mas eu gostaria de ter uma festa de casamento só pra ter o prazer de fazer tudo diferente do que manda a tradição e a breguice de atualmente. A começar pelo convite. Aquele papel geralmente texturizado com listrinhas, com aquela letra manuscrita apresentando o nome dos noivos em prateado ou dourado. Depois vem a Ave Maria na entrada da igreja. Tenha a santa paciência, né? Musiquinha mais manjada. Logo a seguir, tem as fotos "mudernas" do casal devidamente caracterizado de noivinhos posando em monumentos históricos ou de óculos escuros. Não, né? E pra terminar, agora tem a modinha brega do casal ensaiar uma coreografia e dançar pros convidados no meio da festa. Jesus! Pra que isso? Qual é o racional por trás da dancinha? Eu juro que eu me esforço, mas eu não entendo. Se alguém puder me explicar, eu agradeço.

Pouco mais de 24 horas me separam dos meus 34 anos. Trinta e quatro anos. 3. 4. anos. Quando eu era criança e forçava os olhinhos pra me enxergar tão longe, eu confesso que me imaginava diferente. Com 34 anos eu ja estaria casada, ja teria 2 filhos, uma casa, dois carros, uma carreira muito bem sucedida, uma boa quantia no banco e muitas milhas acumuladas. Com 34 anos eu usaria terninhos bem cortados, sapatos de salto fino e óculos de grau. Hoje, beirando os 34 anos, eu vejo o quanto fui sonhadora na minha infância em acreditar que só seria feliz se tivesse cumprido essa missão de ser mulher, mãe e chefe ao mesmo tempo. Eu não tenho marido, nem filhos e nem uma boa quantia no banco, mas tenho um namorado que eu amo e que, no meu carro novo, me acompanha nos quilômetros e quilômetros de estrada que costumamos percorrer. Eu não sou a diretora da empresa e honestamente, também não quero ser. Mas tenho um cargo que me permite ter vida fora do escritório e ainda me paga o suficiente pra que eu possa comprar os terninhos e os saltos altos.
Eu chego aos meus 34 anos feliz com a vida que eu conquistei e em ser a pessoa que eu sou.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Os infernais e Nando Reis ou Não vou me adaptar

Ontem a noite durante um show do Nando Reis num Opinião mais do que lotado, realizei que eu tô ficando velha. E constatei o fato por 2 motivos, mas não pensem que eu fiquei deprimida por causa disso e me entupi de cremes anti idade quando cheguei em casa à 1h da manhã. Pelo contrário. Envelhecer, mais do que ganhar rugas, significa ganhar critério, experiência, noção.
Então, eis os motivos que me fizeram constatar que eu tô mesmo ficando velha:
1. Na época em que eu era frequentadora assídua de shows em lugares fechados e apertados e em que não havia lugar pra sentar, não lembro de ter ido à algum espetáculo usando salto agulha e alto. Lugares assim e salto alto não combinam. É como usar um biquini pra ir trabalhar num escritório de advocacia. Lugar errado, sapato idem. E ontem, num Opinião que bombava de gente e onde era impossível se mexer, a quantidade de mulheres de salto altíssimo e fino era impressionante. Não to exagerando. Noção zero pra mulherada e conforto na mesma escala. O que isso tem a ver com ficar velha? Velhos não usam salto agulha, exceto em locais e ocasiões adequadas.
2. Show em lugar fechado e pequeno, onde não há lugar para sentar, não me pega nunca mais. No Brasil então, menos ainda. Porque não basta ficar em pé enlatada feito sardinha, ainda temos que contar com o atraso das coisas. O show de ontem estava marcado pras 23h, porém, o Nando Reis só subiu ao palco quando passava da meia-noite. Nem é uma questão de saúde, é uma questão de saco ficar em pé horas e horas a fio sem poder se mexer. Não tenho mais saco pra isso definitivamente.
Aproveitando que o post é um desabafo sobre o show de ontem, preciso comentar que o Opinião é uma merda de lugar, com uma acústica lamentável. Se eu fosse música, nunca iria tocar no Opinião.

"...Eu não tenho mais a cara que eu tinha, no espelho essa cara ja não é minha..."

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

All in one

Resolvi voltar a escrever aqui no blog, tava sentindo falta de expressar meus pensamentos com mais de 140 caracteres. Então, pra inaugurar este retorno de Jedi, vou mandar um post all in one daquilo que vem passando na minha cabecinha nesses últimos tempos.

As mulheres estão ficando chatas, insuportáveis no que tange os seus relacionamentos amorosos. Deve ser por isso que o número de homens gays tem crescido. Pudera, é melhor namorar alguém do mesmo sexo do que alguma mala do sexo oposto. Canso de ouvir nos banheiros da vida histórias de mulheres que são ciumentas ao extremo, que vasculham a vida dos namorados e maridos, que os proibem de jogar futebol, tomar cerveja com os amigos e até mesmo dar uma carona totalmente inocente pra colegas de trabalho. Ja ouvi até história de mulher surtada por causa de uma MALA-DIRETA. Sim, senhoras e senhores, tem mesmo muita gente louca nesse mundo. E quando eu ouço essas histórias escabrosas, eu me pergunto: pra que tudo isso? Pra evitar de serem traídas? Trocadas? Amigas, eu lamento muito assoprar o castelinho de conto de fadas que vocês criaram, mas isso não vai evitar que vocês tenham a cabeça enfeitada por um lindo par de chifres. Desistam e levem a vida mais levemente. Desencanem e deixem de encher o saco dos namorados, maridos e afins. Só duas coisas são certas nessa vida: o chifre e a morte. Tentar evitar o inevitável é perda de tempo e dá rugas.

Ao mesmo tempo que eu digo que as mulheres estão paranóicas em relação aos seus relacionamentos, eu vejo que os homens se submetem à essas sessões de tortura praticadas por suas namoradas, esposas e afins. Eles reclamam, mas no fundo eles gostam de ser tratados assim. Vide o número absurdamente alto de mulheres “loucas” casadas X o número absurdamente alto de mulheres “legais” solteiras. Acho que isso tem alguma coisa a ver com a maneira como eram tratados pelas mães, sempre sob voz de comando. Eu não entendo a paranóia das mulheres e a submissão dos homens. É por isso que eu tenho a impressão de que ficarei solteira pra todo o sempre.

Sabe, eu tenho admiração por essas pessoas materialmente desprendidas que conseguem viver e sobreviver nesse mundo tão materialista, onde mais é mais. Admiro pessoas que largam toda a parafernália tecnológica e moderna que tinham nas grandes cidades pra viver na beira de uma praia ou no meio do mato. Quando eu viajo de carro eu gosto de olhar as casas que ficam à beira da estrada e gosto de imaginar como vivem aquelas pessoas que moram ali. Será que elas são mais felizes que eu? Será que elas conseguem achar felicidade longe da internet, dos 200 canais da TV por assinatura, dos bons restaurantes e das baladas? Como será que elas passam os seus dias sem ter que enfrentar um trânsito caótico, sem ter que conciliar a agenda com os 50 compromissos diários? Tenho curiosidade em saber.

Nutro também uma admiração e uma pontinha de inveja por aquelas pessoas que simplesmente largam tudo, colocam meia dúzia de roupas numa mochila e se largam mundo afora para um período sabático. Como é que elas sobrevivem? Como pagam as contas e o que pensam do futuro? E quando o período sabático terminar, o que elas vão fazer? De onde elas tiram dinheiro e coragem pra se lançar assim, rumo ao desconhecido?

Eu aprendi na pele que na vida da gente tudo passa, tudo é superável, até mesmo aquilo que a gente acha que jamais vai conseguir suportar. No olho do furacão de fato é difícil achar uma saída, uma pontinha de luz. Mas furacões não são eternos. Porém as lembranças ficam eternamente gravadas na memória como uma tatuagem,