terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O que se passa nessa cabecinha

Faz tempo que eu não apareço no meu próprio blog, mas é que a vida anda meio atrapalhada. Fora isso, acostumei a pensar e a escrever em somente 140 caracteres. Mas de vez em quando sobra um tempinho e a inspiração supera o modo tweet de se expressar, e eu dou as caras por aqui. Então chega de enrolação e vamos ao que interessa: o que se passa nessa cabecinha.

Eu acho que eu não vou casar no sentido rito de passagem do fato. Não vou me vestir de branco, nem lotar uma igreja, nem entrar de braço dado com o meu pai ao som de Ave Maria, nem dizer "eu aceito" com os olhos cheios d'água, nem nada disso. Mas eu gostaria de ter uma festa de casamento só pra ter o prazer de fazer tudo diferente do que manda a tradição e a breguice de atualmente. A começar pelo convite. Aquele papel geralmente texturizado com listrinhas, com aquela letra manuscrita apresentando o nome dos noivos em prateado ou dourado. Depois vem a Ave Maria na entrada da igreja. Tenha a santa paciência, né? Musiquinha mais manjada. Logo a seguir, tem as fotos "mudernas" do casal devidamente caracterizado de noivinhos posando em monumentos históricos ou de óculos escuros. Não, né? E pra terminar, agora tem a modinha brega do casal ensaiar uma coreografia e dançar pros convidados no meio da festa. Jesus! Pra que isso? Qual é o racional por trás da dancinha? Eu juro que eu me esforço, mas eu não entendo. Se alguém puder me explicar, eu agradeço.

Pouco mais de 24 horas me separam dos meus 34 anos. Trinta e quatro anos. 3. 4. anos. Quando eu era criança e forçava os olhinhos pra me enxergar tão longe, eu confesso que me imaginava diferente. Com 34 anos eu ja estaria casada, ja teria 2 filhos, uma casa, dois carros, uma carreira muito bem sucedida, uma boa quantia no banco e muitas milhas acumuladas. Com 34 anos eu usaria terninhos bem cortados, sapatos de salto fino e óculos de grau. Hoje, beirando os 34 anos, eu vejo o quanto fui sonhadora na minha infância em acreditar que só seria feliz se tivesse cumprido essa missão de ser mulher, mãe e chefe ao mesmo tempo. Eu não tenho marido, nem filhos e nem uma boa quantia no banco, mas tenho um namorado que eu amo e que, no meu carro novo, me acompanha nos quilômetros e quilômetros de estrada que costumamos percorrer. Eu não sou a diretora da empresa e honestamente, também não quero ser. Mas tenho um cargo que me permite ter vida fora do escritório e ainda me paga o suficiente pra que eu possa comprar os terninhos e os saltos altos.
Eu chego aos meus 34 anos feliz com a vida que eu conquistei e em ser a pessoa que eu sou.

3 comentários:

Paul disse...

EXATAMENTE!

Feliz aniversário guria.

Cuca disse...

Lu, meu casamento foi a festa mais divertida que e fui. Saí do tradicional no convite, nas músicas da igreja (tanto é que o padre deu mijada na Dani, madrinha - só deixar ele puto já valeu). Outras coisas foram mais tradicionais, mas não menos divertidas. Faz a festa que é massa. Se for "diferentona" melhor ainda. E me convida, claro. Feliz aniversário!

Gislaine Marques disse...

Lu, feliz de quem faz um casamento do jeito que sonhou, com ou sem igreja, com ou sem festa, com ou sem dancinha ensaiada, com ou sem casamento formal. O mais importante é encontrar a pessoa certa, ou pelo menos aquela que nos faz feliz por tempo suficiente (e que ele seja grande!). O resto é o resto. A hora é de pensar no que você quer e não no que os outros querem, usam ou pensam. Bjnhos e quero ver fotos!