segunda-feira, 19 de abril de 2010

A perfect body with a perfect brain

Caras leitoras, queridas amigas, tenho uma notícia um tanto quanto desagradável pra passar pra vocês: a mulher perfeita, aquela que todas nós sonhamos ser um dia e que infelizmente não conseguimos ser por N razões, existe. Ela não só existe como trabalha comigo. Não, não é piada e nem sarcasmo pra falar mal de alguma colega sem noção que se acha a bala que matou Kennedy. É fato. A mulher perfeita existe mesmo.
Ela tem mais ou menos 1,65m de altura. É morena. O nariz é simetricamente pequeno e levemente arrebitado, além de ser proporcional ao resto do rosto. O cabelo é comprido e mega liso, mas não pensem que é artificial. A desgraçada é naturalmente lisa, ela não precisou de nenhuma escova progressiva, inteligente, marroquina, japonesa ou coisa do gênero. E óbvio que como toda lisa ela tem uma franjinha. Ela não tem rugas e é jovem. Mas o pior vem agora: ela é gostosa, daquele tipo que nossos maridos, namorados, pais, filhos e avôs entortariam o pescoço pra sempre se vissem passar na rua. Os peitos são do tamanho certo, nem grandes demais que fiquem desproporcionais ao corpo mignon, e nem pequenos que não divirtam ninguém. A bunda é arrebitada, mas não o suficiente pra transformá-la numa tanajura. Ela é naturalmente bronzeada na medida certa. Ela se veste bem e usa salto fino e alto diariamente. Ela sabe se maquiar e inclusive vem trabalhar usando delineador. O tiro de misericórdia vem agora: ela dirige um Kia Soul e trabalha na área de finanças (antes disso ela trabalhava numa grande empresa negociando ações). Ta respirando ainda?
Eu sei que deve estar soando estranho uma mulher escrever sobre outra mulher sem ser para detonar e/ou falar mal e sem ser lésbica (lamber carpete está longe de ser minha opção sexual), mas preciso admitir publicamente o fato. Depois de assumir e escrever que uma outra mulher é eu poderia escrever um texto tipo aquele que o Luis Fernando Veríssimo brilhantemente escreveu sobre o George Clooney, descrevendo os defeitos que ele não tem. Mas não vou fazer isso porque não seria tão criativa e ia soar patético. Ao invés disso, prefiro aceitar o fato de que a mulher perfeita existe e não sou eu.

Um comentário:

Magali Moraes disse...

Ahahahahah, tu me mata de rir, Lu. Ela deve ter chulé ou o umbigo torto. Olha bem,aliás, para de olhar e deixa a coitada trabalhar.
Beijos imperfeitos!