segunda-feira, 29 de junho de 2009

De um pouco tudo

Ando nervosa e ansiosa nesses últimos dias e por causa disso roí boa parte das minhas unhas, coisa que eu nunca faço. Tenho descontado um pouco na comida também, especialmente na minha última descoberta gulosemística: bolacha Passatempo coberta com chocolate. Ai, que delícia! Se eu ainda fumasse certamente já teria comido uma carteira de cigarro nesses últimos dias.

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Tenho tido um sono agitado, tenho sonhado muito e por duas vezes seguidas sonhei com bebês. No primeiro sonho eu brincava com a minha afilhada e depois com o filhinho de uma prima. No segundo sonho de novo eu brincava com a Ana. Sei lá de que forma esses sonhos poderiam ser interpretados, mas uma amiga minha entendida diz que significa novos projetos. Então ta, só espero que esses novos projetos sejam bons.

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Michael Jackson se foi. Pois é, morreu como morrem milhares de pessoas todos os dias, algumas de maneira misteriosa como ele, outras de forma natural, outras assassinadas, e ainda outras de formas cruéis. O que eu não consigo entender é a histeria coletiva, são os fãs chorando copiosamente a morte do cantor, são as flores e as fotos depositadas na porta da casa do cara, são as vigílias pela alma do falecido. Por caso eram íntimos do Michael Jackson pra sofrer assim? Ligavam pra ele todo dia? Trocavam emails, SMS ,e scraps no Orkut e no Facebook? Não, né? Só posso pensar dessa gente toda uma coisa: não tem o que fazer da vida, não estudam, não trabalham, não tem uma pauta lotada pra cumprir, não tem contas no fim do mês pra pagar. E aposto que não se comovem tanto quando morre um familiar ou um amigo muito próximo.

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By the way, já pensou o quanto devem ter se divertido os legistas que trabalharam na autópsia do corpo do Michael Jackson? O cara era a transgenia em pessoa!

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Uma amiga minha foi pedida em casamento durante uma viagem surpresa pra Paris, em cima da Torre Eifel. Uma conhecida aqui do trabalho também foi pedida em casamento debaixo da Torre Eifel. Uma outra amiga recebeu a proposta e um anel de noivado no Palacio de Versailhes, também na França. É uma pena mesmo que eu não tenha incluído uma idinha rápida até lá nessas férias....

terça-feira, 23 de junho de 2009

Migrane moment

Depois de 2 anos coreando, saio de férias em distantes 17 dias e ficarei fora nos 20 dias que serão os mais rápidos da minha vida eu aposto.
Nem mesmo na hora de sair de férias é fácil ser mulher! Leia essas 3 razões abaixo e você vai entender o que eu digo:
1. No meio dos meus tão sonhados e planejados 20 dias de férias eu iria ficar menstruada. Ninguém merece ficar menstruada, ainda mais nas férias. Pois resolvi apelar pros hormônios pra mexer no ciclo e evitar que a sangueira venha logo no meu período de descanso. Resultado: to há mais de 10 dias sangrando sem parar e sem o menor sinal de trégua. Mas tudo bem....
2. To quase concorrendo com a Cláudia Ohana e com a Sônia Braga no quesito pêlos pelo corpo. Resolvi que só vou fazer depilação na véspera de ir viajar que é pra poder chegar do outro lado do mundo com tudo em ordem. Tô me sentindo a própria Monga, a Mulher Gorila. Mas tudo bem...
3. A mesma coisa ocorre em relação às minhas unhas: to que é a própria Mãos de Tesoura, mas só vou na manicure dias antes de embarcar.

Foda, né?
Em momentos como esse eu excomungo o mundo por ter nascido mulher e rezo muito pra vir macho ou poodle na outra encarnação.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Run, Forrest, run

Eu sinto como se estivesse numa maratona de muitos quilômetros. To naquela parte do percurso em que eu sei que estou próxima da linha de chegada, onde me faltam as forças, o ânimo e a vontade de seguir adiante. Eu quase consigo ver a faixa estendida e os aplausos da torcida logo ali adiante e mesmo sem a menor condição, eu sigo correndo porque agora não dá mais pra desistir. Falta pouco, só um pouco. O cronômetro do relógio digital confirma o meu pensamento informando quantos quilômetros já corri e quantos ainda faltam pro final, pro descanso, pra água fresca e gelada que me espera. Tudo o que eu preciso agora é me concentrar no restinho do percurso, pegar um fôlego extra lá do fundo dos pulmões e continuar correndo em frente. Cada pedacinho de chão vencido é um pedacinho a menos que falta pra chegada.
Força, Luciana, falta pouco agora.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Vivendo e aprendendo

Até uma certa altura da vida, normalmente na adolescência, a gente detesta ouvir “conselho” dos outros, exceto se os outros forem adolescentes como nós. Detestamos ouvir aqueles sermões intermináveis dos mais velhos, achamos uma chatice, uma perda de tempo e temos a absoluta certeza de que aquilo jamais terá utilidade alguma na vida da gente. Porque quando somos adolescentes pensamos que seremos assim pra sempre. Ledo engano.

Quando eu era mais nova, minha mãe enchia o meu saco pra que eu fizesse aula de inglês e eu detestava perder as minhas tardes de puro ócio em função disso. Fiz um curso de inglês ao trancos e barrancos e achei que aquilo só seria útil caso eu resolvesse viajar pelo exterior. Ledo engano. Hoje, bem longe da adolescência, trabalho numa multinacional americana e falo/escrevo/ouço em inglês a maior parte do tempo. No começo penei bastante e tive que fazer aulas de reforço e arrisco a dizer que se eu tivesse escutado a minha mãe quando era adolescente e tivesse encarado com afinco as aulas, teria sido tudo tão bem mais fácil.

Quando eu estava no colégio, eu odiava as aulas de matemática. Odiava com todas as letras maiúsculas e aquilo sempre foi um grande problema e um enorme trauma na minha vida. Aquele monte de números que a professora colocava no quadro negro era grego pra mim, eu não entendia nada e fiquei em recuperação diversas vezes por causa disso. Chorava e sofria muito em casa me sentindo uma mula em forma de gente. Fazia aulas particulares mais do que as aulas regulares do colégio e a professora sempre dizia que eu precisava resolver aquele embate com os números para que tudo, então, ficasse mais fácil. Não consegui. Nas provas em que eu passava, eu colava até não poder mais e na outras eu subornava os professores, que sabiam da minha deficiência e aceitavam o suborno. Resolvi então que iria fazer uma faculdade em que jamais fosse necessário usar números e optei pela publicidade. Tranquilaço. Hoje, quase 10 anos depois de formada, trabalho numa multinacional americana onde tudo, mas tudo MESMO, gira em torno de números. Voltei a me sentir uma mula em forma de gente, olhando praquele amontoado de dígitos que lotam os e-mails e os arquivos que eu recebo.

Meu pai é, sempre foi e sempre será uma pessoa super hiper mega ultra high power organizada em relação às suas finanças pessoais e ele sempre, mas sempre MESMO, nos disse que a gente deveria poupar o dinheiro que a gente tivesse, por mais pouco que ele fosse. Pra vocês terem uma idéia, meu pais jamais comprou alguma coisa parcelada na vida dele, tudo o que ele tem foi comprado à vista, preferencialmente em cash, nota sobre nota. Meu pai jamais entrou no negativo no banco, isso pra ele é o fim do mundo. Parcialmente eu ouvi o conselho dele e poupei algum até um determinado ponto da minha vida, depois tudo virou uma várzea e eu me perdi no consumo exacerbado. Afinal de contas, os lucros das minhas ações aplicadas na bolsa e os juros da poupança não irão comigo pro caixão, certo? Dinheiro foi feito pra gastar, esse é o meu mantra. Ledo engano, queridinha. Dinheiro foi feito pra gastar sim, mas com muita moderação.

Todo mundo me pergunta quando eu vou casar e principalmente, quando terei filhos. Isso é uma coisa não resolvida na minha vida, eu realmente não sei se quero a duplinha marido-filhos. Gosto da minha liberdade de poder bater a porta do meu apartamento e sair sem hora pra voltar quando eu bem entender. Gosto de poder dormir até às 3h da tarde no domingo. Gosto de poder chegar em casa e ficar em silêncio, curtindo a minha solidão. Não consigo conceber a idéia de alguém dependendo de mim pra tudo, 24 horas por dia. Sou aquariana e portanto, livre, leve e solta por natureza. Pois bem: há alguns finais de semana fui a um restaurante e vi uma mulher de uns 40 e muitos anos com um bebê no colo que não era seu neto. Era seu filho. Não consegui parar de olhar aquela mulher com aquele bebê e confesso que a cena não me desceu. A combinação mulher de 40 e tantos + bebê de 1 ano não fechava. Mas era real. Domingo fui a outro restaurante e a mesma cena se repetiu na mesa ao lado: casal com 40 e muitos + bebê de poucos meses. Tudo bem que a medicina evoluiu, que hoje uma mulher pode engravidar tranquilamente com mais de 40 anos, mas não adianta, não combina. Daí quando eu vi as duas old mothers com seus new babies, eu fiquei pensando se este não será o meu destino, já que até hoje eu ainda não resolvi se quero ou não essa vida pra mim. E confesso que fiquei preocupada.

Pois é, a gente vai vivendo, vai vendo, ouvindo e aprendendo. Às vezes a gente aprende a lição na hora em que ela está sendo passada, às vezes a gente demora mais e precisa levar umas pancadas da vida até registrar e às vezes a gente nunca aprende.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Educação com grife - parte II

As "ladies" da high society porto-alegrense que se engalfinharam no Ko Pee Peeh na sexta-feira foram parar na polícia.
Essa é uma cena que eu gostaria muito, mas muito mesmo, de assistir. Tentem imaginar comigo: duas bacanas, loiras, lindas, altas e magras (toda a bacana é loira, linda, alta e magra), seios de 300ml pagos à vista e projetados pelo melhor cirurgião plástico da cidade, bolsa Louis Vitton à tira colo, bota de cano longo e salto fino com design assinado por algum estrangeiro famoso, roupa de grife comprada na Twin Set, na Conte Freire ou na Tissat, maquiagem impecável e cabelo milimetricamente escovado pelo Hugo. Imaginou? Agora tente visualizar tudo isso num restaurante bacanérrimo e cheio. Visualizou? Agora então, coloque um pouco de adrenalina na cena e imagine as duas loiras, lindas, altas, magras e bancariamente positivas se xingando, se apontando o dedo no rosto (rico tem rosto, não tem cara), gritando e depois rolando no chão no melhor estilo briga de mulher: puxando cabelo, dando tapa na cara e emitindo grunhidos.
Hahahahahahahahahahahaha!!!! Filme de comédia certo! Se eu tivesse no local ia rir muito.
Agora imagine o final da história: as duas loiras, lindas, altas e magras totalmente despenteadas, amassadas e desmilinguidas chegando numa delegacia de polícia.
Melhor do que filme do Jim Carey com certeza.
Eu fico pensando: se as pessoas que frequentam o Ko Pee Peeh fazem esse tipo de coisa, imagina o que não fazem as pessoas que vão comer coxinha de galinha e tomar cachaça num boteco da Lomba do Pinheiro. Pior é que devem se comportar muito melhor do que as madames da high society.
Eu gostaria muito de saber o nome das ladies, então por favor, se alguém souber quem foram as finas que se cagaram à pau no Ko Pee Peeh, deixe o registro nos comentários. Se você não quiser se comprometer, tudo bem, assine como anônimo.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Educação com grife

Ao contrário do que muita gente pensa, riqueza nem sempre significa educação. O que eu quero dizer com isso é que nem sempre as pessoas que tem um saldo mega positivo no banco são providas de boas maneiras e gentilezas para com os outros.
Dia desses fui encontrar minhas amigas num coquetel promovido por uma pizzaria muito famosa e requintada aqui de Porto Alegre. A Bazkaria fica na zona nobre da cidade, no bairro Moinhos de Vento, e cobra bem caro pelas pizzas nada especiais que serve, o que obviamente seleciona bastante o público que freqüenta o local. No dia em que estive lá estava acontecendo um coquetel nem sei pra quê, mas a quantidade de grã-finas era grande. Mulheres super hiper mega high ultra bem vestidas, maquiadas, empuleiradas em saltos altos como se estivessem indo a uma recepção pro presidente da república. Nunca vi tamanho exagero pra ir (tentar) comer pizza. Mas tudo bem. Uma das minhas amigas em certo momento foi até o banheiro e voltou de lá indignada: duas menininhas estavam espalhando todo o sabão líquido disponível pra lavagem das mãos, pelas paredes do local. Minha amiga chamou a atenção das crianças numa boa, dizendo que elas estavam sujando o banheiro. A menor delas respondeu: eu faço o que eu quiser, a minha mãe é dona da Bazkaria. A outra emendou: e eu também faço o que eu quiser, a minha mãe é dona de uma loja de roupas caríssimas. Bela educação! Enquanto as pequenas encarnações do demônio estavam emporcalhando o banheiro, a mãe, a mais perua da noite, estava mais preocupada em tirar fotos pra coluna social.
Hoje lendo a coluna social do jornal Zero Hora, me deparo com uma notícia que não merece nem comentário: na sexta-feira a mulher de um político famoso agrediu uma cliente pelas costas no restaurante Ko Pee Peeh. Todo mundo aqui sabe o que é o Ko Pee Peeh, né? Pros que são de fora, eu explico: o Ko Pee Peeh é o restaurante mais caro de Porto Alegre e por isso, mais selecionado. Não é qualquer mané que vai a gatinha e vai jantar no Ko Pee Peeh.
Baseadas nesses dois episódios, eu pergunto: de que adianta ter dinheiro e não ter educação? Gente pobre e mal educada a gente entende, agora, gente endinheirada não dá pra suportar!

domingo, 7 de junho de 2009

Bad trip

Ultimamente tenho tido a sensação de que tudo o que eu faço tá errado. Não sei porquê. Parece que eu perdi a rota, errei o caminho, virei pro lado oposto.
Ao invés de evoluir, tenho a impressão de que to involuindo, se é que essa palavra existe no dicionário da língua portuguesa. Mas deu pra entender, né? Tô regredindo, andando pra trás no melhor estilo dança do caranguejo. Foda ter esse sentimento sobre si mesmo, mas fazer o que? Tapar o sol com a peneira e fingir que isso não está acontecendo? Em vão.
Eu queria ter um talento na vida assim como muitas pessoas. Queria saber desenhar muito bem, ou escrever muito bem, ou cozinhar nuito bem ou costurar muito bem. Mas eu não tenho talento pra nada, não sei fazer nada. Eu tento, tenho boa vontade e paciência, mas isso é diferente de ter talento.
Eu não queria ser quem eu sou.