sexta-feira, 22 de maio de 2009

O Deus e o Diabo na Terra do Sol

Só agora, aos 32 anos de idade, é que to me dando conta de algumas funcionalidades minhas que eu nunca tinha percebido antes.
Por exemplo: eu começo sempre a semana como se tivesse um diabo grudado no corpo. Em primeiro lugar porque sofro da síndrome de Garfield e odeio segundas-feiras com todas as minhas forças. Ou seja, sou intratável nesse dia da semana e tudo o que eu mais gostaria de poder fazer é simplesmente ficar quieta no meu canto, interagindo o mínimo com o resto do mundo. Óbvio que isso não acontece, então, desculpa aí rapaziada.
Na terça eu sigo irada e mal humorada e meu terapeuta é que me atura. Já entro na sala metralhando as palavras e ele só se esquiva da saraivada de coisas que eu falo. Saio de lá mais leve e quase sonolenta depois de gastar a língua falando. Na sequência encontro as minhas amigas pra beber e falar bobagem, então o meu nível de stress começa a amenizar um pouco.
Na quarta eu alterno irritação máxima com bom humor , mas a vida só começa a ficar bela na quinta. Daí eu me transformo na Pollyana e acho tudo lindo. Fico mais tolerante, falo menos palavrões, tenho mais paciência e até aturo gente chata numa boa. A sexta-feira então é o ápice da minha felicidade, que dura até domingo de noite quando eu começo a ficar transtornada de novo.
E assim eu vou levando a vida e a vida vai me levando. Eu tento ser uma pessoa melhor a cada dia, eu tento ser menos enxaqueca e mais Pollyana, mas não consigo.

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