terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Wedding Day

Num intervalo de 8 meses fui à 4 casamentos e me sinto confortável pra emitir uma opinião sobre o que tenho visto e de antemão posso afirmar categoricamente que todos são iguais.
Vou começar pelo começo: o convite. A peça que anuncia o enlace e que por isso deveria ser diferenciada, permanece perdida no tempo. Se eu pegar o convite de casamento dos meus avós, ocorrido no começo do século passado e comparar com o do casamento que fui no último sábado, ficará claramente perceptível que são exatamente idênticos. A fonte manuscrita prateada, o nome dos pais no topo, o nome dos noivos centralizado, o mesmo tipo de papel, as iniciais gravadas no selo que fecha o envelope. Criatividade serve pra que mesmo?
Em relação à cerimônia religiosa, não tem muito o que mudar mesmo porque a igreja, sua filosofia e seus discursos continuam inabaláveis desde que Jesus pisou na terra, mas já que não dá pra inovar nessa parte, pelo menos que se inove na trilha sonora ou na decoração. Marcha nupcial não dá mais pra agüentar e não pode ser mais démodé.
Em festa de casamento e baile de carnaval de clube qualquer semelhança não é mera coincidência, a começar pelos personagens principais fantasiados de noivo e noiva. O resto fica por conta da distribuição de anéis que brilham, chapéus de cowboy, gravatas coloridas, boás, máscaras e claro, Cláudia Leite e Ivete Sangalo no talo pra (des)animar a festa. E é óbvio que em toda a festa de casamento que se preze a pista de dança é aberta na sequência pela valsa dos noivos, seguida de New York, New York e Whisky a Go Go. O mesmo repertório seeeeeeeeempre.
Eu nunca casei. Quer dizer, não assim, com igreja, padre, mãe chorando no altar, festa e lua-de-mel. Tentei duas vezes, mas nunca aconteceu o que me levou a crer que esse tipo de ritual não é pra mim. Gostaria muito de celebrar uma união no dia em que eu resolvesse juntar meus trapos com os do meu namorado, mas garanto pra vocês que faria tudo, mas tudo bem diferente do que tenho visto por aí. Porque de comum já vai me bastar dormir e acordar todo o dia ao lado da mesma pessoa.

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