terça-feira, 17 de março de 2009

O corpo humano do milionário e outras histórias

Poucos programas podem ser tão bons num sábado a tarde quanto ir pro shopping com uma amiga, pegar um cineminha e fazer umas comprinhas. Há muito tempo que eu não fazia isso por dois motivos: só costumo ir ao shopping com meu namorado e não tenho comprado nada pra mim. Mas no sábado que passou resolvi tirar uma tarde mulherzinha pra ir à Meca do consumo com uma amiga à princípio pra ir ao cinema, mas óbvio que não conseguimos controlar nosso impulso consumista e nos atolamos na liquidação mais próxima.
Fomos assistir ao vencedor do Oscar “Quem Quer Ser um Milionário?” e particularmente achei o filme bem legal, bem feito, inteligente. Não sei se merecia o Oscar de melhor filme, acho até que O Curioso Caso de Benjamin Button é que deveria ter levado o homenzinho dourado, mas pelo menos o filme cumpriu seu papel principal: entreter. É impossível não ficar grudado na história querendo saber o que vai acontecer a cada nova cena, é impossível não se emocionar com a história dos indianos protagonistas do filme e é impossível ficar impassível diante da beleza da Índia, apesar da miséria.
Saindo do cinema, fui acompanhar a tal amiga na busca por uma calça jeans e acabamos perdidas na M.Officer. Resumo da história: ela saiu com uma calça jeans, eu com duas e ainda um par de botas estilo cowboy. Sempre sonhei em ter botas estilo cowboy, daquelas com o cano médio, cortado nas laterais, bico fino e cheia de detalhes, mas no inverno passado percorri todas as lojas de calçados da cidade e não encontrei o que procurava. Mas agora tenho as minhas botas de cowboy. Junto com o sonho das botas comprei também uma calça jeans toda rasgada que habitava o meu imaginário há tempos. Agora sou uma pessoa feliz.
E neste sábado que passou fui ver a exposição O Corpo Humano, em cartaz no Barra Shopping. Não achei chocante aquele monte de gente morta e retalhada, talvez porque o trabalho de dissecação dos corpos tenha sido tão bem feito que elas não pareçam ser pessoas mortas e retalhadas, cujos pedaços estão expostos literalmente como carnes embaladas no supermercado. Vá lá, olhe os músculos que compõem o nosso corpo separadamente dentro de caixas de vidro e depois me diga se não parecem pedaços de carne embaladas à vácuo que se compra no açougue do supermercado pro churrasco de domingo. Qualquer semelhança não é mera coincidência. Mas tirando esse fato, a exposição é interessantíssima e permite com que nos conheçamos por dentro de verdade. Ao final daquele passeio insólito, concluímos eu e meu namorado que somos todos iguaizinhos, compostos das mesmas células, dos mesmos órgãos, tecidos, fibras e veias e que ao mesmo tempo, somos todos totalmente diferentes e únicos.

Um comentário:

Lua disse...

Bah, eu queria ter ido nessa exposição aqui em Londres, mas não sei pq acabei não indo e perdi! ;P

O filme é bom, mas depois que tu ver o Lutador me dá teu parecer de melhor filme e ator-hehe!!


besitos saudosos de alguém nada conectada na rede ultimamente, mas que de vez em quando aparece aqui! ;)